A análise de consequências e vulnerabilidade é um estudo realizado por intermédio de modelos matemáticos para a previsão dos impactos danosos às pessoas, instalações e ao meio ambiente, baseado em limites de tolerância estabelecidos para os efeitos de sobrepressão advinda de explosões, radiações térmicas decorrentes de incêndios e efeitos tóxicos oriundos da exposição a uma alta concentração de substâncias químicas por um curto período de tempo. De modo a facilitar o estudo, existem no mercado diversos softwares que auxiliam na análise de vulnerabilidade dos mais diversos cenários.
Pode-se citar o software de domínio público, chamado ALOHA – Areal Locations of Hazardous Atmospheres editado pela NOAA – National Oceanic and Atmospheric Administration (EUA). Sua finalidade principal é fornecer estimativas para o pessoal de resposta a emergências da extensão espacial de alguns perigos comuns associados a vazamentos de produtos químicos. A equipe de desenvolvimento reconhece que o ALOHA pode ser uma ferramenta apropriada para treinamento e planejamento de contingência, fornecendo estimativas da extensão espacial de alguns dos perigos associados à liberação acidental de curto prazo de produtos químicos voláteis e inflamáveis. O ALOHA lida especificamente com os riscos para a saúde humana associados à inalação de vapores químicos tóxicos, radiação térmica de incêndios químicos e os efeitos da onda de pressão das explosões de nuvens de vapor. Na abaixo há um fluxograma de simulação do ALOHA.
O ALOHA usa uma interface gráfica para entrada de dados e exibição de resultados. A área onde existe a possibilidade de exposição a vapores tóxicos, uma atmosfera inflamável, sobrepressão de uma explosão de nuvem de vapor ou radiação térmica de um incêndio é representada graficamente como zonas de ameaça. As zonas de ameaça representam a área em que a exposição no nível do solo excede o nível especificado pelo usuário em algum momento após o início de uma liberação. Todos os pontos dentro da zona de ameaça experimentam uma exposição transitória excedendo o nível de preocupação em algum momento após a liberação; é um registro da exposição máxima prevista ao longo do tempo. Em alguns cenários, o usuário também pode visualizar a dependência de tempo da exposição em pontos especificados.
Na figura a seguir, há exemplos de gráficos de saída do ALOHA. À esquerda, há um gráfico apresentando a zona circular de ameaça de radiação térmica estimada para um Bleve (explosão do vapor de expansão de um líquido sob pressão, em português). Já à direita, o gráfico de ponto de ameaça mostra o nível de concentração tóxica ao longo do tempo em um local específico; as linhas horizontais mostram como a concentração se compara aos níveis tóxicos de preocupação escolhidos.
O ALOHA ainda permite exportar os dados para dois programas georreferenciamento: o Marplot e o Google Earth. No primeiro, após a instalação, é possível importar as zonas de ameaça podendo vincular essas informações com um outro banco de dados utilizado pelo ALOHA (CAMEO Chemicals). Já o segundo, você pode exportar de forma mais simples para o software Google Earth através das coordenadas geográficas definidas previamente. Abaixo, do lado esquerdo temos uma simulação via Marplot e a direita através do Google Earth.
Abaixo seguem links para baixar os softwares e alguns outros documentos para entender melhor como utilizar a aplicação. Clique sobre os títulos para acessar as páginas:
- Páginas para download do ALOHA, MARPLOT e Google Earth.
- Documentação Técnica do ALOHA e exemplos de simulações.
- Vídeos de demonstração: vídeo 1, vídeo 2, vídeo 3.
PS: Os conteúdos são em inglês ou espanhol, mas utilizando algum tradutor online, como o Google Tradutor é possível utilizar os programas sem maiores problemas.
Bons estudos!
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