Durante muitos anos a presença de mulheres dentro das corporações de bombeiros e de brigadas de emergência era visto com desconfiança, principalmente pelos homens. Apesar disso, muitas conquistaram seu espaço durante o tempo e mostraram competência na execução das difíceis tarefas impostas pela função. No Brasil, em algumas corporações estaduais, chegam a ter 10% do seu efetivo formado por mulheres.
Em estudo recente realizado por pesquisadores da Universidade do Colorado (EUA) e publicado na revista “Internacional Journal of Industrial Ergonomics“, revelou alguns problemas ergonômicos enfrentados pelas bombeiras quanto as roupas de aproximação utilizadas durante o combate a incêndio.
O estudo reuniu 18 profissionais (9 homens e 9 mulheres), onde foram feitos levantamentos subjetivos sobre as vestimentas através de entrevistas, além da utilização de escaneamento 3D do corpo de cada um dos entrevistados. O principal problema identificado quanto as roupas foram as calças de aproximação. Os dados tridimensionais revelaram diferenças anatômicas significativas, principalmente na linha de base central utilizada para a definição parâmetros como o “fundo” da calça e a base para a cintura, causando desconforto durante a utilização. Outro ponto levantado, foi a ausência ajuste para melhor adequação da vestimenta.
Os resultados deste estudo sugerem evidências científicas dos problemas de adaptação antropométrica, que podem servir como base para a indústria de fabricação, visando oferecer maior segurança ocupacional e melhorar os sistemas de ajuste e dimensionamento, especialmente para as mulheres que usam uniformes projetados com base no físico masculino.
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